Nostalgia de uma "meia noite" qualquer! #Moda

Quem assistiu ao filme “Meia noite em Paris” e não suspirou com as fantasias do autor Wood Allen vivenciadas pelo ator Owen Wilson?

Não preciso dizer sobre a minha paixão pelo cineasta Wood Allen e seus filmes. Na opinião de telespectadora e fã de sua obra confesso que cada filme é uma surpresa, um suspiro diferente, uma estória que faz a gente sonhar, algumas com ar lúdico (como a última) outras que prendem a respiração de tanto suspense, já outras bem passionais, enfim .... uma cena mais inusitada que a outra. Não tem nada de óbvio e, ao mesmo tempo, tão real e tão cotidianamente familiar.

E, neste último filme, a estória é tão real que nos vemos na história de nossas vidas, sempre tão impacientes com nosso mundo, com nossa época, com o nosso tempo! Sempre com uma nostalgia do que foi ou do que poderia ter sido se....e o “se” sempre permeia nossos sonhos mais recônditos, assim como nossos pensamentos que vão e vem ao sabor da curiosidade de saber sobre uma época que não nunca nos pertenceu!

Bom, e ainda com “Meia noite em Paris” na cabeça passei a noite daquele sábado procurando algum Gullwing Mercedes 300SL ou um Corvette ou ainda um Bel Air que parasse diante de mim e abrisse a porta para eu entrar no cenário dos anos 50, e assistir de perto ao estopim do New Look de Dior do final da década anterior - cinturas super marcadas, saias godês...e todo o processo de transição da moda seca, cortes retos, sem feminilidade alguma do período de guerra para o período pós-guerra que foi envolvido numa nuvem de esperança de dias melhores e com a moda feminina esbanjando doçura e encanto, glamour e feminilidade!

Fotos retiradas do site Fashion retrô

Ao que tudo indicava a moda ia permanecer ‘morna’, mas rapidamente as mulheres iam deixando o estilo militar guardado na década anterior, dando lugar a uma moda completamente contrária a um período de recessão do pós-guerra, mas absolutamente reconfortante àquelas pessoas que queriam esquecer daquele período! Havia uma necessidade de mudança e de euforia nas pessoas com o fim da II GM, que sequer ligaram para as críticas do governo na época!

Então, minha nostalgia é da década de 50...da moda da década de 50!

Além da moda e da atmosfera de felicidade e esperança em dias melhores dos anos 50, também queria ter vivido algumas novidades da época, como: Elvis Presley, Beatles, início da Bossa Nova, rock’n roll!

No cinema algumas lendas como James Dean e Marlon Brando!

E não foi só Dior o nome da década de 50, mas também: Cristobal Balenciaga, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina Ricci, Emilio Pucci.

Época das maisons se difundirem na Europa; dos EUA iniciarem a produção em massa, surgindo o ready-to-wear!

Alguns itens que ainda hoje são símbolo de elegância: lenço Hermés, Chanel nº 5 .

Como as mulheres ansiavam por maquiagens neste período pós guerra, as empresas de cosméticos investiram em produtos para os olhos, uma vez que os olhos eram bem marcados nos anos 50. Empresas como Revlon, Helena Rubisntein, Elizabeth Arden e Estée Lauder. Na Europa, Biotherm e Clarins

E não poderia faltar neste post as divas que marcaram a beleza feminina da época?

Audrey Hepburn e Grace Kelly: belezas ingênuas e chiques!

Rita Hayworth e Ava Gardner: belezas sensuais e fatais! Retratavam bem as pin ups americanas (outra marca dos anos 50)

Marilyn Monroe e Brigitte Bardot - misto dos estilos acima, foram o símbolo da beleza da década de 50!

Voltando ao filme ... e comprovando que sempre estamos buscando épocas diferentes, nem que seja por motivo de inspirações, o New Look buscou se baseou na segunda metade do século XIX, 1860 (matéria de um próximo post) ... época que, por consequência, eu também gostaria de visitar em uma meia noite qualquer ...

Love!